Saia dos meus pensamentos
Enquanto meu corpo está parado, minha mente faz a cena
Essa é a herança?
Transbordar?
Onde quer que eu vá, mesmo dentro de mim, parece que não consigo dizer o suficiente o que sinto
E aqui estou eu
Na tentativa de ficar me dizendo para parar, enquanto eu silencio o que preciso abraçar
O que é a liberdade?
Eu vejo os sorrisos, eu vejo as flores
Quero ser livre de mim mesma
Onde está aquela vida que eu conhecia?
Meu signo é de água
Como o rio que corre, como as lágrimas que caem
Nos meus sonhos eu corro junto, deixo ir
Mas, às vezes, a água parece não querer me confortar
Enfim, o que é a liberdade?
Olho para seus olhos e vejo meu desejo
Minha eterna busca
Mas fecho os olhos e sinto os fantasmas me sussurrando os maiores medos
Eu quero ser livre de mim mesma
Nos vislumbramos com o novo
Ser do mundo
Não ter nada
Ter tudo
Às vezes a pergunta fica no que perdemos e não no que ganhamos
Mesmo tudo sendo uma questão de como se conta uma história
Me pego procurando uma voz para me guiar
Me disseram que ao longo da vida mudamos nosso panorama
E aqui estou eu com 29 anos me perguntando
Qual é meu caminho?
Quero realizar as minhas escolhas
Para ser quem eu vim ser
Seguir para meu cenário maior
Me abraçar
Não quero me perder, quero me encontrar
Mas eu me perco
E me encontro
Eu me importo, eu esqueço
Eu canto com o silêncio
Qual é a minha história?
Porque o diferente é mais bonito nos outros?
Minha mente sempre me leva a relembrar de quem eu sou
Preciso relembrar?
Não quero me provar
Só sei que não sou o que contam por aí
E ultimamente estive com medo das noites escuras
Mesmo sempre gostando da escuridão
As sombras começam a parecer maiores do que são
É comum ficar se perguntando se faz sentido o que sentimos?”

– Camila Averbeck